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11 de mar. de 2010

Se Tiveres Amor



-Emmanuel-

Se tiveres amor, caminharás no mundo
como alguém que transformou o próprio coração
em chama divina a dissipar as trevas…

Encontrarás nos caluniadores almas invigilantes
que a peçonha do mal entenebreceu, e relevarás
toda ofensa com que te martirizem as horas…

Surpreenderás nos maldizentes criaturas
desprevenidas que o veneno da crueldade enlouqueceu,
e desculparás toda injúria com que te deprimam as
esperanças…

Observarás no onzenário a vitima da ambição
desregrada, acariciando a ignomínia da usura
em que atormenta a si próprio, e no viciado o irmão
que caiu voluntariamente na poça de fel em
que arruína a si mesmo…

Reconhecerás a ignorância em toda manifestação
contrária à justiça e descobrirás a miséria por fruto
dessa mesma ignorância em toda parte onde o sofrimento
plasma o cárcere da delinqüência, o deserto do desespero,
o inferno da revolta ou o pântano da preguiça…

e se tiveres amor saberás, assim, cultivar o bem,
a cada instante, para vencer o mal a cada hora…

E perceberás, então, como o Cristo fustigado na cruz,
que os teus mais acirrados perseguidores são apenas
crianças de curto entendimento e de sensibilidade enfermiça,
que é preciso compreender e ajudar, perdoar e servir sempre,
para que a glória do amor puro, ainda mesmo nos suplícios da morte,
nos erga o espírito imperecível à bênção da vida eterna.



Emmanuel/Chico Xavier
Reunião pública de 5/1/59
Questão nº 887
Do Livro Religião dos Espíritos

23 de fev. de 2010

Vibrações



Emmanuel



Entendendo-se o conceito de vibrações,
no terreno do espírito, por oscilações ou ondas mentais,
importa observar que exteriorizamos constantemente
semelhantes energias.
Disso decorre a importância das idéias que alimentamos.

Em muitas faces da experiência terrestre nos desgastamos
com as nossas próprias reações intempestivas,
ante a conduta alheia, agravando obstáculos
ou somando problemas.

Se nos situássemos, porém, no lugar de quantos
criem dificuldades, estaríamos em novo câmbio
de emoções e pensamentos, frustrando descargas de ódio
ou violência, angústia ou crueldade que viessem
a ocorrer em nossos distritos de ação.

Experimenta a química do amor no laboratório do raciocínio.

Se alguém te fere coloca-te, de imediato,
na condição do agressor e reconhecerá para logo
que a compaixão deve envolver aquele que se entregou
inadvertidamente ao ataque para sofrer em si mesmo
a dor do desequilíbrio.

Se alguém te injuria, situa-te na posição daquele
que te apedreja o caminho e perceberá sem detença
que se faz digno de piedade todo aquele que assim procede,
ignorando que corta a própria alma,
induzindo-se à dor do arrependimento.

Se te encontras sob o cerco de vibrações conturbadoras,
emite de ti mesmo aquelas outras que se mostrem capazes
de gerar vida e elevação, otimismo e alegria.

Ninguém susta golpes da ofensa com pancadas de revide,
tanto quanto ninguém apaga fogo a jorros de querosene.

Responde a perturbações com a paz.

Ante o assalto das trevas faze luz.

Se alguém te desfecha vibrações contrárias à tua felicidade,
endereça a esse alguém a tua silenciosa mensagem de harmonia
e de amor com que lhe desejes felicidade maior.

Disse-nos o Senhor: "Batei e abrir-se-vos-á. Pedi e obtereis".

Este mesmo princípio governa o campo das vibrações.

Insiste no bem e o bem te garantirá.



Emmanuel/Chico Xavier
de Paz e Renovação

2 de fev. de 2010

A Cadeia Simbólica




Não situeis a candeia sob o velador.

Semelhante apontamento do Divino Mestre
não envolve o impositivo de nossa palavrosa
adesão à verdade.

Sem dúvida, o verbo criador de luz é sempre
o alicerce inamovível do bem; no entanto,
a candeia do ensinamento evangélico reporta-se,
essencialmente, à nossa atitude.

O exemplo será em todos os climas
a linguagem mais convincente.

Por nossos passos revelamos o próprio rumo.

Pelos gestos, que nos sejam próprios,
estabelecemos a propaganda real de nossos objetivos.

Não olvidemos que é imprescindível erguer
o facho da compreensão com Jesus,
através da vida prática, arrebatando-a
ao velador de nossas conveniências.

Para o orgulhoso,
a candeia simbólica do Cristo é a humildade.

Para o inimigo,
é a desculpa sincera.

Para o triste,
é o consolo.

Para o faminto,
é a fatia de pão.

Para o infeliz,
é o amparo justo.

Para o colérico,
é a sinceridade.

Para o desertor,
é a bênção da prece.

Para o mau,
é a lição do bem.

Para o descrente,
é a fé viva.

Para o desanimado,
é a esperança.

Para o superior,
é o respeito.

Para o subalterno,
é a benemerência.

Para o lar,
é o amor praticado.

Para a instituição a que nos ajustamos,
é a correção no dever.

Para todos os que nos cercam,
é a cordialidade e a gentileza,
o entendimento e a boa vontade.



Não nos esqueçamos de que o Cristianismo
não é simplesmente a estática da fraseologia
e da adoração. É, acima de tudo, a dinâmica
do trabalho para que o mundo receba por
nosso intermédio a luminosa mensagem
da imortalidade triunfante.



Jesus, o Mestre Inesquecível, não ocultou
a candeia do próprio coração,
sob o velador da grandeza celestial,
mas desceu até nós e imolou-se na cruz
para que lhe descobríssemos
no exemplo o caminho para luminosa renovação.


Emmanuel/Chico Xavier
do Livro Seguindo Juntos
Espíritos Diversos

8 de jan. de 2010

Carta de Ano Novo (II)



Emmanuel


Ano Novo é também renovação de nossa oportunidade
de aprender, trabalhar e servir.

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna
no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes
mais claros para a necessária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia
a convocar-te para execução de velhas promessas,
que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

Se tens inimigo, faze das horas renascer-te
o caminho da reconciliação.
Se foste ofendido, perdoa,
a fim de que o amor te clareie
a estrada para frente.

Se descansaste em demasia,
volve ao arado de tuas obrigações
e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.
Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria
serena da consciência feliz no dever bem cumprido.

Novo Ano! Novo Dia!

Sorri para os que te feriram e busca harmonia
com aqueles que te não entenderam até agora.
Recorda que há mais ignorância que maldade,
em torno de teu destino.

Não maldigas, nem condenes.
Auxilia a acender alguma luz
para quem passa ao teu lado,
na inquietude da escuridão.

Não te desanimes, nem te desconsoles.
Cultiva o bom ânimo com os que te visitam,
dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e,
como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso,
repete-nos de hora a hora: - Ama e auxilia sempre!

Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo,
porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo,
esperando pela doce alegria
da porta aberta de teu coração.


Emmanuel/Chico Xavier
do Livro Vida e Caminho

11 de dez. de 2009

Prece do Natal



Senhor!
Enquanto o júbilo do Natal
acende a flama da oração,
renova-nos para o mundo melhor.
Há quem diga que a fé se perdeu
nas engrenagens da civilização
e que a ciência na terra
apagou a luz espiritual.

Em verdade, Mestre, o homem que
já controla as energias atômicas prepara-se
à conquista das forças cósmicas,
qual se fosse comandante da vida.

Entretanto, à frente dos olhos,
não temos somente o egoísmo e a vaidade
que lhe comprometem a grandeza,
semelhante a magnificente palácio
sobre chão de explosivos...

Em toda parte, marginando a carruagem
dos poderosos,arrastam-se os vencidos
de todas as condições.
Muitos enlouqueceram, no excesso de conforto,
e vagueiam nas furnas dos entorpecentes;
outros,terrificados na visão de
crimes perfeitos, nascidos da pompa intelectual,
jazem mutilados mentalmente nas trincheiras
do hospício...Milhões erguem os braços
por antenas de dor, no imenso mar
das provações humanas, quais náufragos,
nos esgares da morte, junto de multidões
agitadas e infelizes cansadas de incerteza
e desilusão...

Por tudo isso, Senhor, nós, que
tantas vezes te negamos acesso às portas da alma,
esperamos por Ti, nos campos atormentados do coração.

Dobra-nos a orgulhosa cerviz, diante da manjedoura,
em que exemplificas a abnegação e a simplicidade
e perdoando ainda nossas fraquezas e as nossas mentiras,
ensina-nos, de novo,a humildade e o serviço,
a concórdia e o perdão, com a melodia sempre nova
do Teu cântico de esperança:

Glória a Deus nas alturas, paz na Terra
e boa vontade para os homens!...

Emmanuel/Chico Xavier
de Antologia Mediunica do Natal

FELIZ NATAL!

24 de nov. de 2009

Ciência e Vida



No mundo, possuímos centrais elétricas
que asseguram a iluminação de grandes cidades.
Impossível, no entanto, olvidar o
s milhões de criaturas que ainda
se debatem nas trevas da ignorância.

Dispomos de usinas poderosas que geram
força indispensável à manutenção do trabalho
em largas faixas do Globo.
Forçoso lembrar, porém, que surpreendemos,
em toda parte, legiões de pessoas tombadas
em desânimo ou desespero, a caminho
da criminalidade ou do suicídio,
à míngua de energia espiritual.

Realizamos, com êxito, a ablação de tumores malignos.
Necessário, todavia, observar que ainda não sabemos
como impedir a formação dos quistos de ódio
que infelicitam as almas.

Construímos palácios de moradia com todos
os apetrechos da civilização.
Imperioso, entretanto, anotar que em nenhuma
época do passado, tivemos que facear
tantos processos de angústia e de obsessão.

Num átimo, escutamos essa ou aquela mensagem,
expedida sem fio, de ponta a ponta do Planeta.
Quase sempre, contudo, ignoramos de que modo ouvir,
com serenidade e proveito, as queixas
do próximo em sofrimento.

Transita-se agora da Terra para a Lua,
ultrapassando-se as barreiras da gravitação.
No entanto, muito de raro em raro, aprendemos
a superar as trincheiras da indiferença
ou da aversão para viajar de uma casa para outra
ou de nossa alma para outra alma, a serviço da paz.

Ciência e vida; bendita seja a inteligência
que esculpe as técnicas avançadas do progresso,
responsáveis pelas novas facilidades humanas,
entretanto, é preciso reconhecer que
sem Jesus Cristo aplicado à nossa própria vida,
estaremos sempre andrajosos e famintos de coração.

Emmanuel/Chico Xavier
de Paz e Renovação

15 de nov. de 2009

Hoje Ainda




Reunião pública de 23.1.61
1ª Parte, cap. VII, § 8



Não esperarás pela fortuna,
a fim de servir à beneficência.

Muitas vezes, na pesquisa laboriosa do ouro,
gastarás o próprio corpo em cansaço infrutífero.

Cede, hoje ainda, a pequena moeda
de que dispões em favor dos necessitados.

O vintém que se transforma no pão do faminto
vale mais que o milhão indefinidamente
sepultado no cofre.

Não requestarás a glória acadêmica
para colaborar na instrução.

Muitas vezes, na porfia da conquista de lauréis
para a inteligência, desajustarás, debalde,
a própria cabeça.

Ampara, hoje ainda, o irmão que anseia
pelo alfabeto.

Leve explicação que induza alguém
a libertar-se da ignorância vale mais
que o diploma nobre, guardado inútil.

Não exigirás ascensão ao poder humano
a fim de proteger as vidas alheiras.

Muitas vezes, na longa procura de autoridade,
consumirás, em vão, o ensejo de auxiliar.

Acende, hoje ainda, para essa ou aquela criança
extraviada, a luz do caminho certo.

Pequeno gesto edificante, que incentiva um menino
a buscar o melhor, vale mais que a posição brilhante
sem proveito para ninguém.

Não solicitarás feriado para socorrer os aflitos.

Muitas vezes, reclamando tempo excessivo
para cultivar a fraternidade, perderás,
improficuamente, o tesouro dos dias.

Estende, hoje ainda, alguma palavra confortadora
aos companheiros que a provação envolve em lágrimas.

Uma hora de esclarecimento e esperança no consolo
aos que choram vale mais que um século de existência,
amarrado à preguiça.

Não percas ocasião para o teu heroísmo,
nem aguardes santidade compulsória
para demonstrações de virtudes.

Comecemos a cultura das boas obras, hoje ainda,
onde estivermos, porque toda migalha do bem
com quem for e onde for, é crédito acumulado
ou começo de progresso na justiça Divina.


Emmanuel/Chico Xavier
de Justiça Divina

14 de nov. de 2009

A Vida e Nós






Criando as criaturas para a glória da vida,
na condição de espíritos eternos, destinados
a lhe herdarem as qualidades divinas,
o Criador criou:

Um reino
— o Universo.

Uma organização comunitária
— os mundos da vastidão cósmica.

Um lar
— a Natureza.

Uma família
— a Humanidade universal.

Um ambiente
— a paz.

Um envoltório — a matéria.

Um sistema de controle
— a afinidade com a gravitação.

Uma religião
— o amor.

Uma lei
— a justiça.

Um tribunal
— a consciência.

Uma doutrina de compensação
— a cada um por suas obras.

Uma riqueza igual para todos
— o tempo.

Uma força
— o bem.

Um princípio
— a liberdade.

Um direito
— o apoio ao dever cumprido.

Uma regra para o dever
— a disciplina.

Um regime para as criaturas
— o equilíbrio.

Uma ordem
— o progresso.

Uma tabela de responsabilidade
— o conhecimento em vários graus.

Um metro
— a lógica.

Um código de trânsito espiritual
— a fraternidade com o respeito mútuo.

Uma escola
— a reencarnação.

Um processo de aprendizagem
— a experiência.

Uma instituição crediária
— o serviço ao próximo.

Um instrumento para cada criatura
— o trabalho.

Uma oficina
— o burilamento.

Um objetivo
— a perfeição.



À face de semelhantes realidades
todos os atritos, conflitos, provações,
aflições, dificuldades e embaraços
são criações nossas na Criação de Deus
e que, tão-só na escola das vidas sucessivas
com criteriosa aplicação dos tesouros do tempo,
conseguiremos nós extinguir.

Emmanuel/Chico Xavier
de Passos da Vida
Espíritos Diversos

12 de nov. de 2009

Aflição Vazia



Ante as dificuldades do cotidiano,
exerçamos a paciência, não apenas
em auxílio aos outros, mas igualmente
a favor de nós mesmos.

Desejamos referir-nos, sobretudo,
ao sofrimento inútil da tensão mental
que nos inclina à enfermidade
e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.

No passado e no presente, instrutores do espírito
e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo
um dos piores corrosivos da alma.
De nossa parte, é justo colaboremos com eles,
a benefício próprio, imunizando-nos contra
essa nuvem da imaginação que nos atormenta
sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.

Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto,
que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo
a comparecer diante da prova, evidenciando
consciência tranquila.

Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido,
a inquietação nos visita a casa íntima na condição
do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la;
e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar
contra a invasão de agentes destrutivos,
é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão
de agentes destrutivos, é indispensável policiar
o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes
a serenidade necessária…

Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis
é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a idéia voltada
para o mal é contribuição para que o mal aconteça;
e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar
a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste
das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.

Analisemos desapaixonadamente os prejuízos
que as nossas preocupações injustificáveis
causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos
semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante
os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente,
reservamos à aflição vazia.

Lembremo-nos de que as Leis Divinas,
através dos processos de ação visível
e invisível da natureza, a todos nos tratam
em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas,
entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios
do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão
não substitui esforço construtivo, ante os problemas
naturais do caminho.
E façamos isso, não apenas por amor
aos que nos cercam, mas também a fim d
e proteger-nos contra a hora da ansiedade
que nasce e cresce de nossa invigilância
para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos
o tempo sem qualquer razão de ser.

Emmanuel/Chico Xavier
do Livro Encontro Marcado

11 de nov. de 2009

Pedi e Obtereis



Quem pede a riqueza material
e não se previne contra as tentações da ociosidade
e do egoísmo, certamente obtém a fortuna,
de mistura com amargas provações.

Quem pede a beleza física
e não trabalha contra a vaidade,
costuma receber a graça do equilíbrio orgânico
em associação com dolorosas inquietudes.

Quem roga o bastão da autoridade
e não se imuniza contra o vírus da tirania
e da violência, sem dúvida guardará
o poder humano, entre nuvens de maldição
e de sofrimento.

Quem solicita os favores da inteligência
e não se esforça por destruir em si mesmo
os germes do orgulho, adquire os talentos
da intelectualidade revestidos das grandes
ilusões, que arrojam a alma invigilante
nos despenhadeiros do remorso tardio.

Não é a riqueza material que fere
os interesses do Espírito e sim
o mau uso que fazemos dela.

Não é a forma aprimorada que perturba
a consciência e sim a nossa atitude condenável,
na mobilização dos favores da vida.

Não é o poder que humilha a alma e sim
a nossa conduta menos digna dentro
das aplicações dos recursos que
lhe dizem respeito.

Não é a inteligência que nos projeta
ao abismo do infortúnio e sim a nossa diretriz
reprovável nos abusos do raciocínio.

“Pedi e obtereis”. – ensinou o Mestre.
Depende de nossa solicitação a resposta
do bem ou do mal.

Tudo é bom para quem cultiva a bondade,
tudo é puro para quem guarda a pureza do
coração.
Quem se ilumina, jamais luta com as trevas
que lhe fogem à presença brilhante.

Sirvamos, pois, a Deus, onde estivermos,
procurando com o serviço incessante do bem
descobrir-lhe a Divina Vontade, de modo
a cumpri-la hoje, aqui e agora, em favor
de nossa própria felicidade.

Joaquin Setanti em “Centellas de varios conceptos”:
No puede clamar-se dichoso el que vai sublendo,
por mui levantado que esté, sino el que ha parado
en parte segura pudiendo subir más.

Não pode dizer-se feliz aquele que vai subindo,
por mais alto que esteja; pode-o dizer-se aquele
que se deteve num ponto seguro que lhe
garante subir mais.


Emmanuel/Chico Xavier
de Escrínio de Luz

9 de nov. de 2009

Céu



Aflitiva e longa tem sido a nossa viagem
multimilenária, através da reencarnação,
a fim de que venhamos a entender o
conceito de céu.

Entre os chineses de épocas venerandas,
afiançávamos que a imortalidade era
a absoluta integração com os antepassados.

Na Índia Bramânica, admitíamos que o éden
fosse a condição privilegiada de alguns eleitos,
na pureza intocável dos cimos.

No Egito remoto, imaginávamos que a glória,
na Esfera Espiritual, consistisse na intimidade
com os deuses particulares, ainda mesmo quando
se mostrassem positivamente cruéis.

Na Grécia antiga, supúnhamos que a felicidade suprema,
além da morte, brilhasse no trono
das honrarias domésticas.

Com gauleses e romanos, incas e astecas,
possuíamos figurações especiais do paraíso e,
ainda ontem, acreditávamos que o céu fosse
região deleitosa, em que Deus, teologicamente
transformado em caprichoso patriarca,
vivesse condecorando osfilhos oportunistas
que evidenciassem mais ampla inteligência,
no campeonato da adulação.

De existência a existência, entretanto,
aprendemos hoje que a vida se espraia,
triunfante, em todos os domínios universais
do sem-fim; que a matéria assume estados diversos
de fluidez e condensação; que os mundos se multiplicam
infinitamente no plano cósmico; que cada espírito
permanece em determinado momento evolutivo,
e que, por isso, o céu, em essência, é um estado de alma
que varia conforme a visão interior de cada um.

É por esse motivo que Allan Kardec pergunta e responde:

- Nessa imensidade ilimitada, onde está o Céu?
Em toda parte. Nenhum contorno lhe traça limites.
Os mundos superiores são as últimas estações
do seu caminho, que as virtudes franqueiam
e os vícios interditam.

E foi ainda, por essa mesma razão, que, prevenindo-nos
para compreender as realidades da natureza,
no grande porvir, ensinou-nos Jesus, claramente:

- Reino de Deus está dentro de vós.


Emmanuel/Chico Xavier
de Justiça Divina

8 de nov. de 2009

Nossas Mãos



Em verdade, há milhares de mãos maravilhosamente
limpas no jogo das aparências.

Mãos que se cobrem de joias valiosas,
mas que não se dispõem a partir um pão
com o faminto.

Mãos que se agitam, vivazes, na mímica
dos discursos comoventes, mas que não descem
ao terreno de ação para ministrar uma gota
de remédio ao doente.

Mãos que assinam decretos e portarias
importantes na administração pública,
recomendando a ordem e a virtude
para os governados, mas que não hesitam
em desmantelar os bens coletivos que lhes
foram confiados.

Mãos que escrevem páginas admiráveis de literatura,
sob a inspiração da gramática, ornada de tesouros
artísticos, e que jamais se preocupam com a prática
do verbalismo brilhante que produzem.

Mãos que se movimentam em acervos de moedas
e notas bancárias, exibindo poder, mas que
não cedem o mais leve empréstimo dos recursos
em que se demoram, sem pesados tributos ao irmão
que suporta espinhosos fardos em escuros caminhos.

Mãos que indicam aos outros o roteiro da salvação
e que escolhem a senda escura da maldição
para si mesmas.

Realmente, não te esqueças da higiene de tuas mãos,
contudo, guarda vigilância para com aquilo que fazes.

Nossas mãos constituem as antenas de amor que,
orientadas pelo Evangelho, podem converter a Terra
em domínio de luz.

Deixa que os teus braços se integrem no trabalho
da verdadeira fraternidade e serás, desse modo,
o instrumento vivo da Vontade Divina, onde estiveres,
em favor do reinado da paz e da alegria para
o engrandecimento do mundointeiro.

Emmanuel/Chico Xavier
de Mãos Marcadas
Espíritos Diversos

6 de nov. de 2009

Poeira



“E afastando-vos da casa que não vos receba
a mensagem de paz, sacudi o pó das sandálias”
– advertiu-nos o Divino Mestre.


Muita gente acredita que o Senhor
teria sugerido a reprovação aos que
Lhe não acolhessem a Boa Nova
ou o menosprezo de quantos Lhe recusassem,
deliberadamente, os ensinos.

Entretanto, Jesus referia-se simplesmente
ao pó que costumamos guardar conosco,
depois de qualquer experiência difícil.

Poeira de ciúme e tristeza,
desencanto e lamentação...

Poeira de inveja e vaidade,
azedume e orgulho ferido...

Se te fazes portador da luz
aos que jazem na treva,
não condenes aquele que não possa
se iluminar de improviso e não conduzes
o amor a quem se desvaira no ódio,
não lhe critiques a tardia compreensão,
porque as vítimas de semelhantes verdugos
quase sempre se imobilizam por tempo longo,
em desesperação e cegueira.

Onde não consigas ajudar faze silêncio,
esperando a bênção das horas.

Não atires lenha à fogueira da ignorância,
nem agraves a desolação da água turva.

Não vale apedrejar e criticar,
desconsiderar ou ferir.

Colecionar mágoas e queixas,
é derramar lama e fel.

Seja onde for e com quem for,
conserva entendimento e esperança,
otimismo e serenidade.

Alijemos da base de nossa vida a poeira
da rebeldia e do escândalo,
do azedume e da discórdia e
saberemos transmitir o Amor Eterno
do Cristo que até hoje nos tolerou
as deficiências, para que saibamos
suportar as dificuldades dos outros,
realizando a plantação da verdadeira alegria.

Luigi Pirandello em “Ciascuno ha suo modo”:
Não há uma estrada principal para a
felicidade; há muitas veredas diferentes.




Emmanuel/Chico Xavier
de Escrínio de Luz

4 de nov. de 2009

Viajantes



De muitos deles tiveste notícia
da glória que ostentavam na Terra.
Pompeavam adornos de alto preço
e chamavam-se príncipes.
Brandiam armas sanguinolentas
e faziam-se chefes.

Mostravam brasões e manejavam a autoridade.
Eram mulheres primorosamente vestidas
e atuavam no pensamento dos ditadores,
alterando a sorte das multidões.

Entretanto, apenas viajavam
no caminho dos homens...

Outros muitos conheceste de perto.
Urdiam golpes de inteligência
dirigiam enormes comunidades.
Sobraçavam livros famosos
e tornavam-se mestres.
Amontoavam dinheiro
e erguiam-se poderosos.
Exibiam louros da mocidade
e articulavam aventuras e sonhos.
Contudo, viajavam também...

Se eram bons ou maus, justos ou injustos,
realmente não sabes, porque as verdadeiras contas
de cada um são examinadas além...

No entanto, não ignoras que nem o poder
e nem o encargo, nem a juventude e nem o ouro,
nem a fama e nem a Ciência lhes conferiram
qualquer privilégio de fixação.

Todos passaram, uns após outros...
Pensa nisso e recorda que te encontras
no mundo igualmente em viagem.
No último dia da grande romagem,
nada carregarás contigo do que temporariamente
desfrutas, a não ser aquilo que fizeste
e colocaste em ti mesmo.

Ninguém te aconselha a fazer da existência
o culto inveterado da morte, mas é imperioso
caminhes na convicção de que a vida prossegue...
Vive, pois, de tal modo que todos aqueles
que convivem contigo, possam, mais tarde,
lembrar-te o nome, como quem abençoa
a presença da fonte ou agradece a passagem da luz.


Emmanuel/Chico Xavier
Reunião pública de 28-4-61
2a. Parte, cap. I, item 1
do Livro Justiça Divina

23 de out. de 2009

O Maior



Ainda e sempre, a vaidade humana prossegue
na caça incessante aos títulos máximos na Terra.

Cartazes da imprensa e programas teleradiofônicos
na atualidade cogitam de campeões variados
que brilham, passageiros, na ribalta do mundo.

O maior pensador...

O maior cientista...

O maior industrial...

O artista maior...

*

E o campo de realizações terrestres,
copiando-lhes o impulso, apresenta
com garbo os seus expoentes mais altos...

O maior arranha-céu...

O maior transatlântico...

O maior espetáculo...

A fortuna maior...

Todavia, semelhantes pruridos de evidência
terrestre não são novos.

*

Há quase vinte séculos, surgiam eles
igualmente no colégio dos seguidores
humildes do Senhor.

Nem mesmo os aprendizes do Evangelho,
despretensiosos e simples conseguiram fugir
à tentação do destaque pessoal.

Eles próprios, na antevisão do paraíso,
indagaram do Mestre, com desassombro
inconsciente:

— Quem seria o maior no Reino dos Céus?

E a resposta do Cristo, ainda hoje,
é um desafio à nossa fé.

O maior no Reino do Amor será sempre aquele
que se fizer o servo infatigável de todos,
aquele que, em se esquecendo, oferece aos outros
a própria alegria que não possui, e que,
em se ajustando à máquina do bem,
possa apagar-se, contente e anônimo, atendendo,
no lugar que lhe é próprio, a tarefa que o Senhor
lhe determina...

*

Se procuras a comunhão com Jesus,
onde estiverdes, olvida a ti mesmo
pela glória de ser útil.

Ajuda, aprende, ampara, compreende,
crê e espera cada dia...

E, servindo sempre, encontrarás com o Mestre Divino
a felicidade perfeita, penetrando com Ele o segredo
sublime da cruz, pelo qual, em se rendendo
à suprema renúncia, fez-se a luz das nações
e a esperança da Humanidade inteira.

Emmanuel/Chico Xavier
de Taça de Luz - Espíritos Diversos

21 de out. de 2009

Oração Nossa



Emmanuel

Senhor, ensina-nos a orar
sem esquecer o trabalho.
A dar sem olhar a quem.
A servir sem perguntar até quando.
A sofrersem magoar seja a quem for.
A progredir sem perder a simplicidade.

A semear o bem sem pensar nos resultados.
A desculpar sem condições.
A marchar para a frente
sem contar os obstáculos.
A ver sem malícia.
A escutar sem corromper os assuntos.

A falar sem ferir.
A compreender o próximo sem exigir entendimento.
A respeitar os semelhantes
sem reclamarconsideração.
A dar o melhor de nós,
além da execução do próprio dever
sem cobrar taxas de reconhecimento.

Senhor, fortalece em nós a paciência
para com as dificuldadesdos outros,
assim como precisamos da paciência
dos outros para com as nossas próprias dificuldades.
Ajuda-nos para que a ninguém façamos
aquilo que não desejamos para nós.

Auxilia-nos sobretudo a reconhecer
que a nossa felicidade mais alta será
invariavelmente àquela de cumprir
os desígnios, onde ecomo queiras,
hoje, agora e sempre.

Emmanuel/Chico Xavier

17 de out. de 2009

Ante o Alvo



Há muito que fazer.
Não te queixes. Trabalha.

Companheiros falharam?
Prossegue e terás outros.

Não queres certo grupo?
Outras áreas te esperam.

Desilusões à vista?
Não pares. Continua.

Buscas a Paz de Deus?
O serviço é o caminho.

Ante o alvo, os que seguem
É que podem chegar.

Emmanuel/Chico Xavier
do Livro Caminhos

12 de out. de 2009

O tempo...



O tempo endereça às criaturas o
seguinte aviso, em cada alvorecer:
- Certamente, Deus te concederá
outros dias e outras oportunidades
de trabalho, mas faze agora todo o
bem que puderes porque dia igual ao
de hoje só terás uma vez.

Emmanuel

11 de out. de 2009

Oração da Criança



Amigo.

Ajuda-me agora,
para que eu te auxilie depois.

Não me relegues ao esquecimento,
nem me condenes à ignorância
e à crueldade.

Venho ao encontro de tua aspiração,
de teu convívio, de tua obra.

Em tua companhia estou na condição
da argila nas mãos do oleiro.

Hoje, sou sementeira, fragilidade, promessa...

Amanhã, porém, serei tua própria realização.

Corrige-me, com amor, quando a sombra do erro
envolver-me o caminho, para que a confiança
não me abandone.

Protege-me contra o mal.

Ensina-me a descobrir o bem.

Não me afastes de Deus e ajuda-me a conservar o amor
e o respeito que devo às pessoas,
aos animais e às coisas que nos cercam.

Não me negues tua boa-vontade,
teu carinho e tua paciência.

Tenho tanta necessidade do teu coração,
quanto à plantinha tenra precisa da água
para prosperar e viver.

Dá-me tua bondade e dar-te-ei cooperação.

De ti depende que eu seja pior, ou melhor, amanhã.


Emmanuel/Chico Xavier
de Luz No Lar

A Criança



Levantará o homem o próprio ninho à plena altura,
estagiando no tope dos gigantescos edifícios
de cimento armado...

Escalará o fastígio da ciência,
povoando o espaço de ondas múltiplas,
incessantemente convertidas em mensagens
de sons e cor.

Voará em palácios aéreos,
cruzando os céus com a rapidez do raio...

Elevar-se-á sobre torres poderosas,
estudando a natureza e o movimento dos astros...

Erguer-se-á, vitorioso, aos cimos da cultura intelectual,
especulando sobre a essência do Universo...

Entretanto, se não descer, repleto de amor,
para auxiliar a criança, no chão do mundo,
debalde esperará pela Humanidade Melhor.

Na infância, surge, renovado, o germe da perfeição,
tanto quanto na alvorada recomeça o fulgor do dia.

Estende os braços generosos
e ampara os pequeninos que te rodeiam.

Livra-os, hoje, da ignorância e da penúria,
da preguiça e da crueldade, para que, amanhã,
saibam livrar-se do crime e do sofrimento.

Filha de tua carne ou rebento do lar alheio,
cada criança é vida de tua vida.

Aprende a descer para ajudá-la,
como Jesus desceu até nós para redimir-nos.

Sem a recuperação da infância para a glória do bem,
todo o progresso humano continuará oscilando
nos espinheiros da ilusão e do mal.

Não olvides que, ao pé de cada berço,
Deus nos permite encontrar o próprio futuro.
De nós depende fazê-lo trilho perigoso
para a descida à sombra ou estrada sublime
para a ascensão à luz.



Emmanuel/Chico Xavier
de Taça de Luz