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4 de dez. de 2009

O Divino Convite



“Vinde a Mim, vós que sofreis!...”.
E a palavra do Senhor,
tocando nações e leis,
ressoa, cheia de amor.

Herdeiros tristes da cruz,
que seguis de alma ferida,
encontrareis em Jesus
Caminho, verdade e vida.

Famintos de paz e abrigo,
que lutais no mundo incréu,
achareis no Eterno Amigo
o Pão que desceu do Céu.

Almas sedentas de pouso,
que à sombra chorais cativas,
tereis no Mestre Amoroso
a fonte das Águas Vivas.

Venham, irmãos, a Jesus Cristo,
o Guia que nos conduz!
vosso caso está previsto
em suas lições de luz.


Espírito: Casimiro Cunha
psicografia Chico Xavier
da obra Antologia Mediunica do Natal

FELIZ NATAL

3 de dez. de 2009

Jesus



Reis, juízes, heróis, generais e tiranos,
entre o outro e o poder, de vitória, em vitória,
comandaram na Terra a vida transitória,
erguendo sobre o povo os braços soberanos.

E passaram fremindo, arrojados e insanos,
ébrios de ostentação e famintos de glória,
detendo-se, porém, nos túmulos da História,
relegados à dor de cruéis desenganos.

Mas o Cristo, na palha, humilde e pequenino,
traz consigo somente o Coração Divino,
na exaltação do bem que ilumina e socorre...
E, brilhando por sol generoso e fecundo,
em todas as Nações que engrandecem o mundo
é sempre o Excelso Reis do amor que nunca morre.



Espírito: Amaral Ornellas
psicografia Chico Xavier
da obra Antologia Mediunica do Natal


FELIZ NATAL

17 de nov. de 2009

Evangelho, Espiritismo e Esperanto



Sobre a terra anônima e lodosa
surge o grão que enriquece a mesa.

Acima das chamas do forno
aprece o vaso delicado e sublime.

Sobre o leito de pedras correm as águas,
em cânticos de harmonia, sustentando a vida
e servindo-a em toda parte.

Entre espinhos, destaca-se a rosa
que perfuma a paisagem.

Da escuridão da meia-noite procedem
as primeiras revelações da aurora...

Ainda que a estrada se te afigure sombra,
acende a lanterna da esperança
e segue para a frente.

A viagem da carne é romagem breve.

A dor é lição curta.

Pensa na eternidade,
na milagrosa eternidade.

O pesadelo dos infelizes do mundo
encontram no túmulo o inesperado despertar.

Da peregrinação aflitivamente vivida,
resta pouco.

Ouro, nome, ambições e enganos descem
ao despenhadeiro das velhas ilusões.

A bondade e a consolação,
uma página de carinho e um gesto de amor,
a alegria de um velho e o riso
de uma criança permanecem, todavia, conosco...

Quem segue ajudando, inflama estrelas
que lhe iluminarão os horizontes...
Não desfaleças.

A luta é enriquecimento,
a renuncia é a bênção.

A evolução é troca:
- quem mais dá da, mais recebe.

Sacrificar-se é crescer:
- quem perde para os outros,
adquire para si mesmo.

Quem auxilia a alguém
é ajudado por muitos.

Enquanto ruge a tormenta,
contempla o amanhã
na tela de nossas aspirações...

O bem é imortal.

O amor não desaparece.

A luz não se apaga ao trono
da perfeição divina.

A felicidade não é um muito.

A paz não é mentira.

A comunhão das almas não é vã promessa.

Continua batalhando e sofrendo.

Padecendo para aperfeiçoar.

Morrendo para reviver.

O serviço é o nosso clima e,
dentro dele, respiramos juntos.

Nós e muitos conosco, porque a afinidade
é uma “faixa de união” em que nos integramos
uns com os outros.
O trabalho conferir-nos-à juvenilidade eterna
e ventura imperecível.

Nunca recuar.

Seguir é a senha.

No cimo, meu querido amigo,
bendiremos as amarguras do vale
e partiremos, sob a glória da vida,
para novas jornadas de ascensão,
no reino da infinita sabedoria e da infinita luz.
Associada, pois, integralmente com o teu ministério
ativo no Evangelho, no Espiritismo e no Esperanto,
sou, como sempre, a tua Estevina.


Estevina/Chico Xavier
Cartas do Coração
Espíritos Diversos

3 de nov. de 2009

Varando Sombras



Empeços, lutas, problemas,
limitações, críticas...
Deixemos a mágoa de lado
e sigamos em frente,
trabalhando e compreendendo sempre.

Os que não desejam avançar,
tentarão prejudicar-nos a caminhada.

Os que não querem servir,
buscarão envolver-nos no desânimo.

Os que não acreditam no bem,
assumirão atitudes estranhas contra nós.

Mas não recuemos.
O nosso compromisso é com a própria consciência.

Varemos as sombras
como archote da fé operosa.

No serviço do Evangelho,
ninguém se encontra sozinho.

Forças divinas suplementam
as nossas forças e vozes tutelares
inspiram os nossos passos.

Haveremos de triunfar.

A obra pertence ao Cristo de Deus
e nada deterá a sua marcha vitoriosa.

Batuíra/Chico Xavier
de Brilhe Vossa Luz
Espíritos Diversos

2 de nov. de 2009

Advertência Amiga





Enquanto no corpo, ainda mesmo
quando extremamente beneficiados
pela colaboração da fé renovadora,
formulamos concepção muito diversa
da “outra vida” que, no fundo, é
a nossa vida real – aquela que nos retém
invariavelmente, depois das experiências terrestres.

Não conseguimos imaginar a partida
para a ocasião em que se verifica,
porque, embora soubéssemos o veículo
menos habilitado a maior permanência no mundo,
aguardávamos novo ensejo de continuação ao lado
dos nossos, no mesmo caminho.

Na realidade, o homem nunca se prepara
à frente do túmulo e as nossas dificuldades crescem,
ante as preocupações que a distância compulsória
nos impõe.

O corpo perispiritual herda, por muito tempo,
as deficiências da vestimenta da carne, principalmente
quando o nosso poder mental se demora arraigado
à luta que deixamos para trás.

Compreendo, agora, que as melhores gemas
e os tesouros mais preciosos passam por nós,
na Terra, sem que cogitemos de amealhar-lhes
os valores eternos.

Não conheço, hoje, mais alta riqueza
que a do espírito e só agora observo
que semelhantes bens devem ser procurados
pela nossa compreensão, abertas às lições
que o mundo nos oferece.

A romagem do espírito, na Terra, é longa e difícil
e mais vale ao homem – viajar em trânsito no mundo,
- o diamante da verdade e do amor, no coração
burilado para Jesus, que os cofres repletos
de preciosidades materiais, destinadas
ao jogo dos fenômenos financeiros, efêmeros
e menos edificantes.

A existência tem muita alegria para conferir-nos e,
quando estiver ao nosso alcance,
cresçamos no conhecimento divino,
para melhor servir às Forças do Alto.

Jesus nos ajudará. Confiemos n’Ele.
E, deixando que nossa alma se prenda
a essa doce esperança de reunião final,
em derredor da Luz Divina, peçamos ao Senhor
nos conceda renovadas bênçãos de paz e confiança,
para perseverarmos no bem, até ao fim do bom combate.





Tancredo Nornha/Chico Xavier
de Cartas do Coração
Espíritos Diversos

22 de out. de 2009

O Que Mais Sofremos



O que mais sofremos no mundo -

Não é a dificuldade.
É o desânimo em superá-la.

Não é a provação.
É o desespero diante do sofrimento.

Não é a doença.
É o pavor de recebê-la.

Não é o parente infeliz.
É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.

Não é o fracasso.
É a teimosia de não reconhecer
os próprios erros.

Não é a ingratidão.
É a incapacidade de amar sem egoísmo.

Não é a própria pequenez.
É a revolta contra a superioridade dos outros.

Não é a injúria.
É o orgulho ferido.

Não é a tentação.
É a volúpia de experimentar-lhes os alvitres.

Não é a velhice do corpo.
É a paixão pelas aparências.

Como é fácil de perceber,
na solução de qualquer problema,
o pior problema é a carga de aflição que criamos,
desenvolvemos e sustentamos contra nós.

Albino Teixeira/Chico Xavier

3 de out. de 2009

O Caminho da Saúde Mental



Quando emitimos pensamentos constantes,
absorvendo-nos em reflexões amargas,
inquietos, experimentando extrema dificuldade
em conformar-nos com a nossa trajetória
provacional, cooperamos para que nossa situação
psíquica se desarmonize, refletindo-se
tais perturbações, em nossas forças orgânicas,
que se confundem, contra os melhores
esforços desenvolvidos pela sua harmonização.

Esforcemo-nos por melhorar
nossa condição espiritual, entregando-nos
à Providencia Divina na fortaleza da fé,
a caminho de boa saúde mental.
E assim, os Benfeitores Maiores,
dentro de seus recursos espirituais,
farão o possível para contribuir para o nosso
restabelecimento integral, auxiliando-nos
o coração carinhoso e bom.

Somente assim as lutas estarão atenuadas,
o ambiente voltará à calma e a esperança
nos felicitará de novo na justa
reorganização da vida.

Todos os obstáculos passarão e um dia,
sentiremos o grande jubilo de prosseguirmos
adiante n bondade fraternal de assistir
e cooperar pela tranqüilidade de todos.

pelo espírito de Margarida Soares
psicografia Chico Xavier
do Livro Aceitação e Vida

O Ideal da Serenidade



Muitas vezes fazemos uma concepção
muito elevada da nobreza espiritual,
da delicadeza e do cavalheirismo,
levando longe nossos sentimentos nesse sentido.

Por essa razão, muitas vezes, sentimos
dificuldade de perdoar muito, não obstante
já termos perdoado em demasia.

A redenção psíquica requer
essas depurações necessárias.
Sejamos constantemente fortes na provação
e serenos diante das terrenas torturas.

A dor costuma doer mais se alguém
nos vê chorar e por isso não esmoreçamos
no ideal da serenidade.


pelo espírito de Margarida Soares
psicografia Chico Xavier
do Livro Aceitação e Vida

Diante da Incompreensão



Junto aos nossos companheiros
de Jornada Terrestre, inúmeras vezes
provamos o fel amargo da incompreensão.

Façamos o possível para adaptar
todas as nossas aspirações dentro do Evangelho.
Não nos impressionemos com as atitudes
incompreensíveis daqueles a quem nos
ligarmos pelo código do Dever.

Se o passado fala muito forte
em seus corações, amemo-lhes intensamente,
entregandolhes a Deus.

pelo espírito de Margarida Soares
psicografia Chico Xavier
do Livro Aceitação e Vida

26 de set. de 2009

Assuntos de Salvação



Em carta você pergunta,
Meu caro Juca Assunção,
Que posso dizer agora
No assunto de salvação.

Sinceramente, meu caro,
Sua consulta me aperta
Indagação desse naipe
Exige resposta certa.

Acreditava em menino,
De pensamento simplório
Que os mortos encontrariam,
Céu, inferno ou purgatório.

Crianças mortas no berço,
Segundo o mestre Corimbo,
Ficariam resguardadas
Num lugar chamado “limbo”.

Muito mais tarde homem feito,
Fui espírita de fé
Acreditava no Além,
Sem percebê-lo como é...

Agora posso falar
Sem palavra “talvez”,
“Outro mundo” é qualquer mundo
Depois do que já se fez.

A pessoa vai agindo
Consciente ou inconsciente,
Sem o corpo encontra logo
O que carrega na mente.

Nhô Chico do Tatuí
Viveu servindo a Jesus,
Hoje acolhe os sofredores
Em grande mansão de luz.

Dedicou-se ao bem dos outros,
Dona Cocota Clemente,
No Além se vê feliz
Sendo mãe de muita gente.

Você conheceu comigo
Dona Chiquita Rosenda,
Sovina, depois de morta
Vive agarrada à fazenda.

Desencarnado, o Nhô Jovino
Que viveu de pinga e caça,
É sempre visto onde tenha
Tiro de chumbo e cachaça.

Era agressivo e isolado
Nosso amigo Altino Gama
Depois da morte só pede
Garrafa, silêncio e cama.

Caso triste o que encontrei
Na gulosa Gabriela
Sem corpo só vê à frente
Fogão, quitute e panela.

Trocou a família por pesca
Nosso Nino Peñarol,
Deslanchou do necrotério,
Buscando vara e anzol.

No baralho, foi-se a vida
De Quinquim de Cabreúva,
Hoje só pensa em jogar
Seja no sol ou na chuva

Há dias achei na roça
O avarento João Ribeiro,
Ele agora ajunta pedras
Pensando contar dinheiro.

Salvação? A lei demonstra,
Tanto no Além quanto aqui,
Cada qual vive onde está
Como está dentro de si

Pense no bem, faça o bem,
Não se engane, caro irmão,
Céu, inferno ou purgatório,
Começam no coração.


Cornélio Pires/Chico Xavier
do Livro Conversa Firme

21 de set. de 2009

Trovas da Saudade


-Espíritos Diversos-


Para quem sofre no mundo
A morte seria um bem,
Se a saudade não marcasse
A nossa vida no Além.

Cid Franco
-*-*-


Das saudades que carrego
Coisa alguma sei dizer...
Coração sabe sentir
Mas não consegue escrever.

Azevedo Cruz
-*-*-


Afirmas que o nosso afeto
Foi um sonho que passou;
Desencarnei, mas não tenho
Um coração de robô.

Toninho Bittencourt
-*-*-


Depois da morte, escrever-te
Seria conversa vã;
Não posso chamar-te “esposa”,
Nem quero chamar-te “irmã”.

Lívio Barreto



Meu estoque de lembranças.
Tantos detritos concentram,
Que a saudade me procura,
Abro a porta e ela não entra.

Lulu Parola
-*-*-


A morte destrói a posse
De tudo que nos domina,
Mas a saudade renasce
De toda e qualquer ruína.

Luciano Reis
-*-*-


Após deixamos a Terra,
O pior que nos alcança,
É o suplício da saudade
Que chora sem esperança.

Francisco Otaviano



De amores, o amor que fica
Sob a saudade tenaz
É o amor silencioso
Da união que não faz.

Maria Dolores
-*-*-



Passei por tantos desgostos,
Tantas pedras que, hoje em dia,
Apenas sinto saudades
Das saudades que eu sentia.

Cleomenes Campos
-*-*-


Estou feliz mas não livre,
Tenho saudades de pai...
Estou na “Dança do índio
Que faz que vai mais não vai.

Jaks Aboab
-*-*-


Uma trova de saudade?...
Debalde tento compor,
Cedo aprendi que a saudade
É sempre filha do amor.

Auta de Souza
-*-*-

Espíritos Diversos/Chico Xavier
do Livro Pétalas da Primavera

6 de set. de 2009

Pensa e Pergunta







Se ouviste acusações
Sobre a falta de alguém
E queres comentá-la
De maneira contrária à lei do bem,
Pensa nisto, primeiro,
Em torno ao que se fala:

— Será que o companheiro
Praticou a maldade que se diz
Ou tudo se resume simplesmente
Num boato infeliz?

Depois, reflete assim:
— Estou eu sobre a Terra
Com tanta perfeição,
Que posso erguer a mão
E censurar quem erra?

Em seguida, pergunta claramente,
Sempre sem dizer nada:
— Como agiria eu se estivesse na prova
Da pessoa acusada?

Logo após, dize à própria consciência,
Longe de todo alheio reboliço:
— Se propalar a imperfeição dos outros,
Que vantagem há nisso?

Por fim, depois de orar, busca saber
Na luz viva da fé que nos conduz:
— Se estivesse visível no meu passo,
Que faria Jesus?

Além destas perguntas formuladas,
Nada dirás do mal, seja a quem for,
Porque estarás com Deus e Deus contigo
Para a bênção do amor.

pelo espirito de Manoel Monteiro/Chico Xavier
do Livro Seguindo Juntos
Espíritos diversos

13 de ago. de 2009

Memorando


Casimiro Cunha

Reclamas alfinetadas
E choras por ninharia,
Mas não percebes o amparo
Que recebes dia a dia.

Enquanto vives no mundo,
Ante o corpo que te encerra,
Não sabes quanto socorro
Que te vem do Céu à Terra.

Sais de casa, muitas vezes,
Regressando, indiferente;
Entretanto, desfrutaste
O auxílio de muita gente.

Espíritos generosos
Em sustentando-te a paz,
Guardaram-te os aposentos,
Cerraram bicos de gás.

Outros muitos te garantem
Encontros, lucros, recados,
Trabalhando na memória
De parentes e agregados.

Na doença, ante os remédios,
Que te suprimem a dor,
Colhes o apoio invisível
Dos mensageiros de Amor.

Por muitas bênçãos que encontres
Nas pessoas benfazejas,
São muitas mãos de outros planos
Que te ajudam, sem que as vejas.

Nas provas inevitáveis,
Evita a lamentação,
O Céu te auxilia sempre
Sem contas de gratidão.

Casimiro Cunha/Chico Xavier
do Livro Janelas para a vida
Francisco Cândido Xavier e Fernando Worm

12 de ago. de 2009

Assim os Fizemos



Irmão Saulo

Os familiares desagradáveis são hoje
o que deles fizemos ontem.

Nada acontece por acaso, sem razão,
em nossas vidas.
Por isso diz Emmanuel:

"Talvez o contato deles agora
nos desagrade pela tisna de sombra
que já deixamos de ter ou de ser.".

Nesta própria existência terrena
isso acontece com freqüência.

Ao nos tornarmos adultos não suportamos
as peraltices das crianças, sem nos lembrarmos
das que também já fizemos quando crianças.

Ao nos enriquecermos não toleramos os peditórios
ou a incapacidade dos parentes pobres,
esquecidos do que fazíamos quando necessitados.

Ao nos ilustrarmos não suportamos nos outros
a ignorância em que ontem vivíamos.

Educamos mal os nossos filhos e muitas vezes
os deseducamos a gritos e pancadas.
Mas quando eles crescem não suportamos
o seu comportamento desrespeitoso,
pelo qual somos responsáveis.

Não os corrigimos em criança nem os ajudamos
na adolescência, mas os fizemos desorientados
e depois não os toleramos.

Nas vidas sucessivas, através das reencarnações,
procedemos também dessa maneira.
E quando eles voltam ao nosso convívio
não queremos aceitar e muito menos corrigir
os seus defeitos.

Na verdade, se não os aceitarmos hoje como são,
teremos de aceitá-los amanhã, pois as leis da vida
exigem, segundo ensinou Jesus, que nos entendamos
com os companheiros "enquanto estivermos a caminho com eles".

A fuga aos deveres atuais será paga mais tarde
com os juros devidos.
Usando o livre arbítrio podemos rejeitá-los hoje,
mas a contabilidade divina anotará o nosso débito
para depois, com os acréscimos legais.

O item 8 do Capítulo XIV de O Evangelho Segundo
o Espiritismo trata do problema das famílias corporais
e espirituais e o item 9 desse mesmo capítulo
nos explica a mecânica dos pagamentos
de dívidas morais através da reencarnação.

Os que desejarem aprofundar este problema
devem ler com atenção os dois tópicos citados.

Irmão Saulo/Chico Xavier
Do livro Na Era do Espírito
de Francisco C. Xavier e Herculano Pires
/Espíritos Diversos

3 de jul. de 2009

Idéias do Caminho




Aviso por toda parte,
Onde brilhe a Luz Divina:
A porta da liberdade
Tem nome de disciplina.

Se almejas subir aos Céus,
Nas luzes de que dispões,
Saibamos descer na escada
De nossas reclamações.

Escuta. Muitos problemas
Que o medo feroz te aponta
A vida chega e resolve
Sem pedir-nos qualquer conta.


Calamidades por fora?
Não te iludas, meu amigo,
Tão só por dentro de nós
Há verdadeiro perigo.


Buscar Deus nas horas calmas
De coração calmo e atento
É a maneira de encontrá-lo
Nos dias de sofrimento.


Deus te pôs no mar de lutas
Para atender-lhe ao comando...
Não durmas. Serve e socorre.
Alguém está naufragando...

espirito de S. Lasneau
Chico Xavier
do Livro Rosas com Amor

24 de jun. de 2009

Palavras do Caminho



Contra os defeitos dos outros
Nunca levantes a voz,
Que os outros sem serem anjos
São seres iguais a nós.

Nossa vida só se faz
Felicidade no bem
Se a colocarmos em Deus
A beneficio de alguem.

Ensino claro da Lei,
Que anoto em todo lugar:
Quem sofre com paciencia
Tem sempre mais para dar.

Para a pessoa imatura
Desilusão e sofrer,
Para o sabio a provacao
E o momento de aprender.

Paciencia sem açao
Que nada constroi nem cria
Nao difere, em conclusão,
De mera paralisia.

Jose Canuto de Oliveira/Chico Xavier
do Livro Rumos da Vida

22 de jun. de 2009

Quem?!...



Estrelas, quem vos fez por deslumbrante frota
De excelsos bergantins em chamas de ouro e prata?
Céus, quem nos desdobrou, por milênios sem data,
Nos distritos sem fim da vastidão remota?!...

Luzes da imensidão, quem vos alenta e dota
De celeste esplendor e força intimorata?
Mares, quem vos mantém?... Fontes, quem vos desata?
Aves, quem vos compôs a cantiga devota?

Flores, quem vos desvela a doce maravilha?
Troncos, quem vos criou?... Pedras, quem vos empilha
Dando ao mundo, no espaço, apoio incontroverso?!

...E eis que serena voz, sem que se saiba de onde,
Do sol ao verme canta, estremece e responde, - Deus!...
Tudo vem de Deus, na pompa do Universo!...


Tobias Barreto/Chico Xavier
de Assembléia de Luz

14 de jun. de 2009

Vamos Juntos



Vamos juntos vencendo a noite escura,
De mãos unidas pela estrada afora,
Combatendo o infortúnio que devora
Os filhos da aflição e da amargura.

Sob a paz da esperança viva e pura,
Em torno à dor bendita que aprimora,
Aguardaremos a sublime aurora,
Consolando a miséria e a desventura.

Amados, não temais a treva estranha,
Escalemos o topo da montanha,
De coração cansado ao desabrigo!. . .

Finda a noite de angústia e de saudade,
Chegaremos, em plena eternidade,
Ao lar eterno do Divino Amigo!


Auta de Souza
psicografia de Chico Xavier
do livro Relicário de Luz

13 de jun. de 2009

Beleza e Paixão



Eis aqui nossa resposta
Prezada Nina Tereza,
Em torno à sua consulta
Sobre as questões de beleza...

Você diz: —”Não sei porque
Tanta gente tem por norma,
Trocar amor por desprezo,
Quando a vida muda a forma”.

Você quer saber, a fundo,
Se é luxo perante o Além,
Apresentar-se a pessoa
Na melhor forma que tem...

Muita gente deita idéias,
Ao redor desta questão,
Entretanto, a Natureza,
É sempre o Belo em ação.

Cada manhã, fite a Terra,
Tudo é som, grandeza e cor,
O sol é ouro no Azul,
O chão é verdura e flor.

Contemple o fulgor do monte,
Quando o monte se ilumina..
O mar é a beleza imensa
Na força da disciplina.

A árvore é um lar de ninhos,
A relva é finura e graça,
A fonte é a presença viva
Da melodia que passa...

Note o maciço de lodo
Em que o charco se resume:
Dele nasce o lírio alvo,
Irradiando perfume...

Em todo abuso de amor,
Nos dramas que vêm e vão,
O delito vem de nós
Quando nos cega a razão.

Recorde o caso de Júlio,
Era louco por Maria,
Quando a pobre ficou surda,
Recusou-lhe a companhia.

Luiz adorava Aurora
No Sítio de João Fontana,
No entanto, ao vê-la doente,
Luiz trocou-a por Joana.

Foi operada na face
A noiva do Clarimundo,
Bastou vê-la mutilada
E o moço sumiu no mundo.

Romance dos mais bonitos,
O de Antônia com Dirceu,
Dirceu foi acidentado,
O amor de Antônia morreu.

Gabriela com Talico,
Noivado e linda novela...
Talico faliu na praça,
Lá se foi a Gabriela.

Encontrando a noiva enferma
No Roçado da Matriz,
Juquinha não mais quis vê-la
Declarando-se infeliz.

Joel dizia adorar
Marina de Dona Andréia,
Marina caiu de cama,
O rapaz mudou de idéia.

Joaquim prometeu casar-se
Com Nhánha do Clodoveu,
Ao vê-la de pés inchados,
Joaquim desapareceu.

Como vê, prezada amiga,
Nos domínios da afeição,
Amor detido na forma
Não é amor, é paixão.

Beleza vestindo a vida
Por princípio incontroverso,
É sempre a marca de Deus
Na luz de todo Universo.

Quem ama acima da forma,
Quem se eleva amando assim,
Em tudo encontra a beleza
Brilhando no amor sem fim.

Cornélio Pires/Chico Xavier
do Livro Retratos da Vida

9 de jun. de 2009

O Botão



Na extrema delicadeza
Da verdura perfumosa,
Destaca-se pequenino
O tenro botão de rosa.

Não há sinal de corola,
Vê-se apenas que começa
A surgir a flor divina
Num cálice de promessa.

E às vezes, nas alegrias
De doce festividade,
Espera-se pela rosa
No caminho da ansiedade.

Deseja-se a flor robusta
Com que se adorne a beleza,
Mas não há lei que perturbe
Os passos da Natureza.

É certo que toda rosa,
Como jóia de paisagem,
Nunca pode prescindir
Do zelo da jardinagem.

Precisa tempo, entretanto,
Na sombra e na claridade,
Requerendo orvalho e sol,
Noites, chuva, tempestade.

Por crescer, pede cuidado
Nos inícios da existência,
Mas, morrerá com certeza
A golpes de violência.

Assim, também, quase sempre,
A muita crença em botão
Tentamos impor, à força,
A nossa compreensão.

Toda crença é patrimônio
Que não surge improvisado;
É a rosa da experiência,
Em terras do aprendizado.

Se tua alma vive em festa,
Na fé que pratica o bem,
Ajuda, coopera e passa...
Não busques torcer ninguém.

Casimiro Cunha/Chico Xavier
do Livro Cartilha da Natureza