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26 de out. de 2009

Máximas...



Máximas Extraídas dos Ensinamentos dos Espíritos


36. O verdadeiro Espírita não é aquele
que crê nas manifestações, mas aquele
que aproveita o ensinamento dado pelos Espíritos.
De nada serve crer, se a crença não o faz dar
um passo à frente no caminho do progresso,
e não o torna melhor para o seu próximo.

37. O egoísmo, o orgulho, a vaidade,
a ambição, a cupidez, o ódio, a inveja,
o ciúme, a maledicência, são para a alma
ervas venenosas da qual é necessário
cada dia arrancar algum pé e que têm,
como antídoto: a caridade e a humildade.

39. A importância que o homem dá
aos bens temporais está na razão inversa
de sua fé na vida espiritual;
é a dúvida sobre o futuro que leva-o
a procurar suas alegrias nesse mundo,
satisfazendo suas paixões, inclusive
às expensas de seu próximo.

40. As aflições na Terra são os remédios
da alma; elas a salvam para o futuro
como uma operação cirúrgica dolorosa
salva a vida de um doente e lhe devolve
a saúde. Por isso o Cristo disse:
"Bemaventurados os aflitos, porque
serão consolados."

41. Nas vossas aflições, olhai abaixo de vós
e não acima; pensai naqueles que sofrem
ainda mais que vós.

42. O desespero é natural naquele
que crê que tudo acaba com a vida do corpo;
é um contra-senso naquele que tem fé no futuro.

43. O homem, freqüentemente, é o artífice
de sua própria infelicidade neste mundo;
que ele remonte à fonte de seus infortúnios,
e verá que são, para a maioria, o resultado
de sua imprevidência, de seu orgulho,
de sua avidez, e, por conseguinte, de sua
infração à lei de Deus.

44. A prece é um ato de adoração.
Orar a Deus é pensar nele;
é aproximar-se dele; é pôr-se
em comunicação com ele.

45. Aquele que ora com fervor
e confiança é mais forte contra
as tentações do mal, e Deus lhe envia
os bons Espíritos para ajudá-lo.
É um socorro que jamais é recusado
quando pedido com sinceridade.



por Allan Kardec
do Livro: Espiritismo em sua mais
simples expressão

12 de set. de 2009

Hereditariedade Moral



(Richard Simonetti)

Frequentemente, os pais transmitem aos filhos
a parecença física.

Transmitirão também alguma parecença moral?

Não, que diferentes são as almas
ou Espíritos de uns e outros.
O corpo deriva corpo, mas o Espírito
não procede do Espírito.

Entre os descendentes das raças
apenas há consanguinidade.
Questão 207 de O Livro dos Espíritos.

Vários provérbios ressaltam a ideia
de que os filhos reproduzem defeitos
e qualidades dos pais:

Tal pai, tal filho...

Filho de peixe, peixinho é...

Quem sai aos seus não degenera...

Filhos de gatos, ratos mata...

Filho de burro pode ser lindo, mas um dia dá coice...

Bem, depende do ângulo em que observamos o assunto.

Quanto à estrutura física é notório
que funciona a hereditariedade.
Filha de pais obesos dificilmente será manequim.
Filho de pais magérrimos terá poucas chances
de ser lutador de sumo.

Há, também, certo peso hereditário determinando
o quociente de inteligência.
Pais de QI elevado guardam melhores chances
de gerar filhos inteligentes.
Pesquisas demonstram isso.

Aqui é preciso levar também em consideração
o nível social. Indivíduos de QI elevado
obtem maior sucesso profissional, garantindo razoável
estabilidade econômico-financeira.
Consequentemente seus filhos serão bem nutridos,
terão melhores escolas, cuidados médicos adequados,
vida mais saudável, opções numerosas de esporte e lazer.
Tudo isso favorece o desenvolvimento intelectual.

Imperioso recordar sempre, no estudo da reencarnação,
que o Espírito subordina-se às possibilidades do corpo
que lhe serve às experiências humanas, como um corredor
de Fórmula Um está sujeito às potencialidades de sua máquina.
Ayrton Senna, ás do automobilismo mundial,
afundaria em ostracismo sem um carro de tecnologia de ponta.

Um gênio da Espiritualidade terá imensas dificuldades
em mobilizar seu potencial num corpo subnutrido desde
a gestação.

Isso é claramente demonstrado nas experiências com adoção.
Filho de favelados humildes, paupérrimos, é adotado por
família rica, ainda recém-nascido.
Recebe desde logo o que há de melhor em nutrição
e cuidados médicos. O confronto deste bebê, na idade adulta,
com um irmão que permaneceu na favela, re
velará sensível diferença em favor do primeiro.

O mesmo não se pode dizer quanto à moral.

Não herdamos a bondade ou a maldade,
o altruísmo ou o egoísmo, o vício ou a virtude
de nossos pais.

Esses valores não estão impressos nos genes,
nem se condicionam à estrutura ou desenvolvimento.

Constituem patrimônio do Espírito.

Há, sem dúvida, também aqui, a influência do meio.
A criança é sensível aos exemplos que recebe,
ao pressionamento do ambiente em que vive.

Mas é uma influência relativa, mesmo porque
a evolução moral opera-se de dentro para fora,
a partir da disposição íntima do indivíduo em lutar
contra suas imperfeições e deficiências.

Continua.....

Hereditariedade Moral (2)




(Richard Simonetti)


Por isso os filhos revelam suas próprias características,
eminentemente pessoais, sua maneira de ser,
não raro em oposição ao lugar em que vivem
e aos estímulos que recebem.

A melhor demonstração disso está no próprio lar.

Numa família de cinco filhos, com os mesmos pais,
o mesmo ambiente, os mesmos cuidados,
sob as mesmas condições, são todos diferentes entre si,
como os dedos da mão.

Há um carinhoso; outro que é muito agressivo.

Há o que não gosta de mentir; outro que se destaca
por ser amigo do engodo.

Há o fascinado por sons estridentes;
outro que prefere música suave.

Há o ávido por aventuras amorosas; outro extremamente
comedido no relacionamento afetivo.

Entre pais e filhos, a mesma antítese.

Exemplo marcante: Marco Aurélio e Cômodo.

Marco Aurélio, o mais virtuoso e sábio dos imperadores romanos,
imortalizado por seu amor à filosofia e às letras.

Cômodo, seu filho, teria passado anônimo pela História,
não fora o lamentável destaque para sua crueldade e devassidão.

A moral, portanto é a carteira de identidade do Espírito,
dando-nos conta de que ele é filho de si mesmo,
de seus patrimônios íntimos, de suas experiências pretéritas,
revelando-nos o estágio de evolução em que se encontra.

Noutro dia, referindo-se a uma família onde pais e filhos
têm comportamento imoral, sempre dispostos a lesar
o semelhante, um amigo comentava:

— É tudo farinha do mesmo saco.

Realmente, isto pode acontecer, não por herança moral
ou mera influência ambiente, mas por afinidade.

Uma família de bandidos é constituída
por Espíritos que tem essa tendência.

Uma família de gente honesta e digna
integra Espíritos do mesmo porte.

Há, ainda, a “ovelha negra”, um filho degenerado,
de comportamento inconsequente e vicioso,
no seio de uma família ajustada.
Espírito atrasado que foi acolhido
com o propósito de ser ajudado em seu aprendizado.

O inverso também acontece: uma “ovelha branca” entre marginais.
Espírito evoluído numa tarefa sacrificial em favor dos familiares.

Algo semelhante ocorre em relação à vocação,
ponta visível de nosso universo íntimo,
sem subordinação a fatores hereditários ou ambientes.


Desde a mais tenra infância a criança revela tendências
e habilidades relacionadas com determinada atividade que,
não raro, surpreendem os adultos.

Se houvesse uma escola para os pais uma disciplina
seria indispensável: como ajudar os filhos a seguir
suas inclinações, no indispensável casamento entre
vocação e profissão.

Quando isto não ocorre, temos verdadeiros desastres:

Maus médicos que seriam excelentes fazendeiros.

Maus advogados que seriam ótimos músicos.

Maus administradores que se dariam bem melhor como operários.

Diz Gibran Khalil Gibran, em “O Profeta”:

Vossos filhos não são vossos filhos.

São os filhos e as filhas da ânsia da Vida por si mesma.

Eles vem através de vós mas não são de vós.

E embora convivam convosco, não vos pertencem.

Jesus diz algo semelhante no famoso diálogo
com Nicodemos, quando proclama:

O Espírito sopra onde quer; tu lhe ouves a voz,
mas ignoras donde ele vem e para onde vai...

Os dois textos aplicam-se à concepção reencarnacionista,
dando-nos conta de que os filhos trazem
suas próprias aptidões e senso moral.

Podemos e devemos auxiliá-los a desenvolver
para o Bem esses valores.
Para isso estão juntos de nós.

Consideremos, contudo, que chegará o momento
em que seguirão seus caminhos.
Então, aprenderão com seus próprios erros
e crescerão com seus próprios acertos.


Richard Simonetti
do Livro Quem tem medo dos Espíritos?