9 de nov. de 2009
Céu
Aflitiva e longa tem sido a nossa viagem
multimilenária, através da reencarnação,
a fim de que venhamos a entender o
conceito de céu.
Entre os chineses de épocas venerandas,
afiançávamos que a imortalidade era
a absoluta integração com os antepassados.
Na Índia Bramânica, admitíamos que o éden
fosse a condição privilegiada de alguns eleitos,
na pureza intocável dos cimos.
No Egito remoto, imaginávamos que a glória,
na Esfera Espiritual, consistisse na intimidade
com os deuses particulares, ainda mesmo quando
se mostrassem positivamente cruéis.
Na Grécia antiga, supúnhamos que a felicidade suprema,
além da morte, brilhasse no trono
das honrarias domésticas.
Com gauleses e romanos, incas e astecas,
possuíamos figurações especiais do paraíso e,
ainda ontem, acreditávamos que o céu fosse
região deleitosa, em que Deus, teologicamente
transformado em caprichoso patriarca,
vivesse condecorando osfilhos oportunistas
que evidenciassem mais ampla inteligência,
no campeonato da adulação.
De existência a existência, entretanto,
aprendemos hoje que a vida se espraia,
triunfante, em todos os domínios universais
do sem-fim; que a matéria assume estados diversos
de fluidez e condensação; que os mundos se multiplicam
infinitamente no plano cósmico; que cada espírito
permanece em determinado momento evolutivo,
e que, por isso, o céu, em essência, é um estado de alma
que varia conforme a visão interior de cada um.
É por esse motivo que Allan Kardec pergunta e responde:
- Nessa imensidade ilimitada, onde está o Céu?
Em toda parte. Nenhum contorno lhe traça limites.
Os mundos superiores são as últimas estações
do seu caminho, que as virtudes franqueiam
e os vícios interditam.
E foi ainda, por essa mesma razão, que, prevenindo-nos
para compreender as realidades da natureza,
no grande porvir, ensinou-nos Jesus, claramente:
- Reino de Deus está dentro de vós.
Emmanuel/Chico Xavier
de Justiça Divina
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