12 de nov. de 2009

Aflição Vazia



Ante as dificuldades do cotidiano,
exerçamos a paciência, não apenas
em auxílio aos outros, mas igualmente
a favor de nós mesmos.

Desejamos referir-nos, sobretudo,
ao sofrimento inútil da tensão mental
que nos inclina à enfermidade
e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.

No passado e no presente, instrutores do espírito
e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo
um dos piores corrosivos da alma.
De nossa parte, é justo colaboremos com eles,
a benefício próprio, imunizando-nos contra
essa nuvem da imaginação que nos atormenta
sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.

Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto,
que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo
a comparecer diante da prova, evidenciando
consciência tranquila.

Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido,
a inquietação nos visita a casa íntima na condição
do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la;
e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar
contra a invasão de agentes destrutivos,
é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão
de agentes destrutivos, é indispensável policiar
o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes
a serenidade necessária…

Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis
é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a idéia voltada
para o mal é contribuição para que o mal aconteça;
e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar
a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste
das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.

Analisemos desapaixonadamente os prejuízos
que as nossas preocupações injustificáveis
causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos
semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante
os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente,
reservamos à aflição vazia.

Lembremo-nos de que as Leis Divinas,
através dos processos de ação visível
e invisível da natureza, a todos nos tratam
em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas,
entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios
do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão
não substitui esforço construtivo, ante os problemas
naturais do caminho.
E façamos isso, não apenas por amor
aos que nos cercam, mas também a fim d
e proteger-nos contra a hora da ansiedade
que nasce e cresce de nossa invigilância
para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos
o tempo sem qualquer razão de ser.

Emmanuel/Chico Xavier
do Livro Encontro Marcado

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