28 de ago. de 2009

Silêncio



Cristo diz:

«É este o meu mandamento:
que vos ameis uns aos outros
como eu vos amei» (João 15,12).

Precisamos de silêncio para acolher
estas palavras e pô-las em prática.

Quando estamos agitados e inquietos,
temos tantos argumentos e razões para não
perdoar e para não amar facilmente.

Mas quando temos «a nossa alma em paz e silêncio»,
estas razões desaparecem.

Talvez por vezes evitemos o silêncio,
preferindo-lhe qualquer barulho,
palavras ou distrações quaisquer que elas sejam,
porque a paz interior é uma questão arriscada:
torna-nos vazios e pobres, dissolve a amargura
e as revoltas e leva-nos ao dom de nós mesmos.

Silenciosos e pobres, os nossos corações são conquistados
pelo Espírito Santo, cheios de um amor incondicional.
De forma humilde mas certa,
o silêncio leva a amar.


............

Deus é silencioso e no entanto fala

Quando a palavra de Deus se faz «o murmúrio de uma brisa suave»,
ela é mais eficaz do que nunca para transformar os nossos corações.
A tempestade do monte Sinai abria fendas nos rochedos,
mas a palavra silenciosa de Deus é capaz de quebrar
os corações de pedra. Para o próprio Elias,
o silêncio súbito era provavelmente mais temível
do que a tempestade e o trovão.
As poderosas manifestações de Deus eram-lhe,
em certo sentido, familiares.
É o silêncio de Deus que desconcerta,
porque é muito diferente de tudo
o que Elias conhecia até então.

O silêncio prepara-nos para um novo encontro com Deus.
No silêncio, a palavra de Deus pode atingir os recantos
escondidos dos nossos corações.
No silêncio, ela revela-se
«mais penetrante do que uma espada de dois gumes,
penetra até à divisão da alma e do corpo» (Hebreus 4,12).
Fazendo silêncio, deixamos de esconder-nos diante de Deus,
e a luz de Cristo pode atingir, curar e mesmo transformar
aquilo de que temos vergonha.

Fonte:
http://www.taize.fr/

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