9 de abr. de 2009

Quando




André Luiz



Quando compreendermos que vingança,
ódio, desespero, inveja ou ciúme são doenças
claramente ajustáveis á patologia da mente,
requisitando amor e não o revide…

Quando interpretarmos nossos irmãos delinqüentes
por enfermos da alma, solicitando segregação
para tratamento e reeducação e não censura ou castigo…

Quando observarmos na caridade simples dever…

Quando nos aceitarmos na condição
de espíritos em evolução, ainda portadores
de múltiplas deficiências e que, por isso mesmo,
o erro do próximo poderia ser debitado
á conta de nossas próprias fraquezas…

Quando percebermos que os nossos problemas
e as nossas dores não são maiores
que os de nossos vizinhos…

Quando nos certificarmos de que a fogueira do mal
deve ser extinta na fonte permanente do bem…

Quando nos capacitarmos de que a prática
incessante do serviço aos outros é
o dissolvente infalível de todas as nossas mágoas…

Quando nos submetermos à lei do trabalho,
dando de nós sem pensar em nós,
no que tange a facilidades imediatas…

Quando abraçarmos a tarefa da paz,
buscando apagar o incêndio da irritação
ou da cólera com a bênção do socorro fraternal
e abstendo-nos de usar o querosene da discórdia…

Quando, enfim, nos enlaçarmos, na experiência comum,
na posição de filhos de Deus e irmãos autênticos
uns dos outros, esquecendo as nossas faltas recíprocas
e cooperando na oficina do auxílio mútuo,
sem reclamações e sem queixas, a reconhecer que
o mais forte é o apoio do mais fraco e que o mais culto
é o amparo do companheiro menos culto, então,
o egoísmo terá desaparecido da Terra,
para que o Reino do Amor se estabeleça.
Definitivo, em nossos corações.


André Luiz/Chico Xavier
do Livro Paz e Renovação

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