5 de out. de 2009

Efetivamente



Em nós mesmos o problema essencial.


Efetivamente, nada temos a ver
com a manutenção do Sol,
na imensidade do Espaço, mas responderemos,
inevitavelmente, pelo que estamos fazendo
da quota de luz que ele nos fornece.

Não nos cabe qualquer responsabilidade
pelo giro da Terra, no plano cósmico;
entanto, seremos interpelados,
quanto ao nosso procedimento
para com o pedaço de chão que nos agasalha.

Não prestaremos informes sobre a evolução do planeta
em que estagiamos, mas chega sempre o dia
em que se nos perguntará quanto ao tempo e ao corpo,
à profissão e ao meio de trabalho
que o mundo nos confia.

Não se nos indagará com respeito à administração
da Justiça Universal no orbe em que vivemos;
no entanto, daremos contas das obrigações
que assumimos, perante superiores e subalternos,
colegas e afeiçoados, que nos partilham a convivência.

Não se nos inquirirá quanto aos destinos supremos
da Humanidade, mas sofreremos exame natural
e direto no que se refere à nossa conduta,
diante do lar e da família, tanto quanto à frente
dos irmãos e companheiros que nos comungam a intimidade.

Não podemos impedir as catástrofes da Natureza
e nem evitar as calamidades sociais.
Outros poderes controlam a mecânica dos astros,
o equilíbrio da Terra, o aprimoramento da vida,
a sustentação do direito e o engrandecimento dos povos.

Reconheçamos, todavia, que nem as constelações,
nem o Globo que nos serve de moradia,
nem as instituições que supervisionam
o progresso, nem o tribunal e nem o templo de nossa fé,
conquanto nos sustentem e nos auxiliem,
não conseguirão efetuar a tarefa que as Leis Divinas
situam conosco, para que se realizem por nós.


Emmanuel/Chico Xavier
do Livro Viajor

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