17 de set. de 2009
Paz e Vida
Meimei
Todos estamos concordes,
quanto ao imperativo de se colaborar
na sustentação da paz.
A paz, no entanto, é uma construção
quase sempre mais difícil que qualquer outra
que se levante sobre estruturas materiais.
O próprio Jesus quando prometeu aos companheiros:
“a minha paz vos dou”, não fez semelhante afirmativa
senão depois do extremo sacrifício.
Se nos propomos a contribuir na preservação da harmonia,
em nosso grupo doméstico ou social,
aprendamos a compreender os outros,
a fim de auxiliá-los, sempre que preciso,
a se ajustarem ao esquema de equilíbrio,
sobre o qual as leis da vida se executam.
Tantas vezes aspiramos a alcançar a paz,
exigindo-a de pessoas que em muitas ocasiões,
jazem às portas do desespero,
aguardando algum gesto de simpatia,
capaz de aliviá-las na tensão que as aflige.
Se queres serenidade nas criaturas queridas,
procura envolvê-las em tua própria serenidade,
porquanto a paz é um sentimento que se transmite,
de coração para coração.
Às vezes, é indispensável renunciar à alegria própria,
a fim de que se veja a alegria brilhar
na face daqueles que nos compartilham a existência.
Para isso, é necessário operar no câmbio da compreensão,
pelo qual entregamos a outrem aquilo que careçamos receber.
Nesse sentido, freqüentemente, aqueles que
te pareçam ferir, em verdade, muito te amam,
entretanto, provisoriamente se inclinam
para estradas e tarefas que se relacionam
com eles e não contigo.
Se podes entender essa realidade,
estás em condições de produzir a paz.
E chegados a esse ponto de nossas experiências,
penetraremos esta profunda lição da vida que resumimos
aqui em poucas palavras:
“a paz que se dá é a paz que se tem”.
Meimei/Chico Xavier
do Livro Janelas para a Vida
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