4 de jun. de 2009

Como Viver com os Outros



A ciência mais difícil que até hoje encontramos
foi a de viver em conjunto, e o mais interessante
é que precisamos desse intercâmbio para viver.
A lei nos condicionou a essas necessidades
biológicas e espirituais.

A própria vida perde o sentido se nos isolarmos
das criaturas. Elas têm algo que não possuímos
e nós doamos a elas certos estímulos que
a natureza lhes negou.
Vemos nisto a presença de Deus,
levando-nos ao amor de uns para com os outros.
E assim aprendemos a amar por Amor.

A sociedade cada vez mais se aprimora,
desde quando seus membros passam a
se respeitar mutuamente, entrosando as qualidades
e desfrutando da fraternidade na convivência.

A sociedade é, pois, a flor do aprimoramento
humano. No entanto, essa sociedade não pode
existir sem o lar. Ela se desarmoniza se deixar
de existir a família, que é o sustentáculo da harmonia
que pode ser desfrutada pelos homens,
em todos os rumos dos seus objetivos.

Se queres paz em teu lar, começa a respeitar
os direitos dos que convivem contigo.
Se romperes a linha divisória dos direitos alheios,
afrontarás a tua própria paz.

Quem somente impõe suas idéias, passa a ser
joguete dos pensamentos dos outros, às vezes,
sem perceber. Estuda a natureza humana,
pelos livros e pela observação, que a experiência
te dirá os caminhos a tomar e a conduta a ser seguida.

Vê como falas a quem te ouve e como ouves
a quem te fala e, neste auto-aprendizado,
as lições serão guardadas em lugares de
que a vida sabe cuidar.

Não gastes teu tempo em palavras
que desagradam, nem em horas de silêncio
que desapontam. Procura usar as oportunidades
no bom senso que equilibra a alma.

Procura conversar com os outros na altura
que eles já atingiram. Isso não é disfarce,
é respeito às sensibilidades, é sentir-te
irmão de todos em todas as faixas da vida.

Ao encontrares uma criança, não passas a ser
outra para que ela te entenda?
Assim deves fazer nas dimensões
da vida humana em que te encontras.
A felicidade depende da compreensão,
que gera Caridade, que gera Amor.

Conviver com os outros é, realmente,
uma grande ciência, é a ciência da vida.

Fomos feitos para viver em sociedade.
Se recusarmos, atrofiamo-nos e disso
temos provas observando as plantas
que frutificam mais em conjunto;
as pedras, que dão mais segurança
quando amontoadas, e os animais, que sempre
andam em convivência.
Tudo se une para a maior grandeza da criação.

Essas lições não são somente para os encarnados.
Os espíritos, na erraticidade, igualmente obedecem
a essa grande regra de viver bem.

Nós nos unimos em todas as faixas a que pertencemos,
no entusiasmo do bem, que nos dá a vida.
Aprendamos, pois, a conviver, a entender e
respeitar os nossos irmãos que trabalham
e vivem conosco, que tudo passará a ser, para nós,
motivo de felicidade, onde enxergaremos somente o Amor.

Contrariar as leis que nos congregam
é desagregar a nossa própria paz.
E para aprender a viver bem com os outros,
necessário se faz que nos eduquemos
em todos os sentidos, que nos aprimoremos
em todas as virtudes. Sem esse trabalho interior,
será difícil alcançar a paz imperturbável
no reino do coração.


pelo espírito de Lancellin
psicografia João Nunes Maia
do Livro Cirurgia Moral

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