4 de abr. de 2009

Tendo Medo



-Emmanuel-




"E, tendo medo, escondi na
terra o teu talento…"
(MATEUS, 25:25.)

Na parábola dos talentos, o servo negligente
atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita.

Recebera mais reduzidas possibilidades de ganho.

Contara apenas com um talento e temera
lutar para valorizá-lo.

Quanto aconteceu ao servidor invigilante
da narrativa evangélica, há muitas pessoas que
se acusam pobres de recursos para transitar no mundo
como desejariam. E recolhem-se à ociosidade,
alegando o medo da ação.

Medo de trabalhar.

Medo de servir.

Medo de fazer amigos.

Medo de desapontar.

Medo de sofrer.

Medo da incompreensão.

Medo da alegria.

Medo da dor.

E alcançam o fim do corpo, como sensitivas humanas,
sem o mínimo esforço para enriquecer a existência.

Na vida, agarram-se ao medo da morte.

Na morte, confessam o medo da vida.

E, a pretexto de serem menos favorecidos pelo destino,
transformam-se, gradativamente, em campeões
da inutilidade e da preguiça.

Se recebeste, pois, mais rude tarefa no mundo,
não te atemorizes à frente dos outros e faze dela
o teu caminho de progresso e renovação.

Por mais sombria seja a estrada
a que foste conduzido pelas circunstâncias,
enriquece-a com a luz do teu esforço no bem,
porque o medo não serviu como justificativa aceitável
no acerto de contas entre o servo e o Senhor.



Emmanuel/Chico Xavier
do Livro Fonte Viva

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