3 de abr. de 2009

Na Via Pública



André Luiz

A rua é um departamento importante da escola do mundo,
onde cada criatura pode ensinar e aprender.

Encontrando amigos ou simples conhecidos, tome a iniciativa
da saudação, usando cordialidade e carinho sem excesso.

Caminhe em seu passo natural dentro da movimentação
que se faça precisa, como se deve igualmente viver:
sem atropelar os outros.

Se você está num coletivo, acomode-se de maneira
a não incomodar os vizinhos.

Se você está de carro, por mais inquietação ou mais pressa,
atenda às leis do trânsito e aos princípios do respeito
ao próximo, imunizando-se contra males suscetíveis de lhe
amargurarem por longo tempo.


Recebendo as saudações de alguém,
responda com espontaneidade e cortesia.

Não detenha companheiros na vida pública,
absorvendo-lhes tempo e atenção com
assuntos adiáveis para momento oportuno.

Ante a abordagem dessa ou daquela pessoa,
pratique a bondade e a gentileza, conquanto a pressa,
freqüentemente, esteja em suas cogitações.

Em meio às maiores exigências de serviço,
é possível falar com serenidade e compreensão,
ainda mesmo por um simples minuto.

Rogando um favor, faça isso de modo digno,
evitando assobios, brincadeiras de mau gosto
ou frases desrespeitosas, na certeza de que os outros
estimam ser tratados com o acatamento que reclamamos
para nós.

Você não precisa dedicar-se à conversação inconveniente,
mas se alguém desenvolve assunto indesejável é possível
escutar com tolerância e bondade, sem ferir o interlocutor.

Pessoa alguma, em sã consciência, tem a obrigação de
compartilhar perturbações ou conflitos de rua.

Perante alguém que surja enfermo ou acidentado,
coloquemo-nos, em pensamento, no lugar difícil
desse alguém e providenciemos o socorro possível.

André Luiz / Chico Xavier
do Livro Sinal Verde

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