15 de dez. de 2009

O Natal do Cristo



A Sabedoria da Vida situou o Natal de Jesus
frente do Ano Novo, na memória da Humanidade,
como que renovando as oportunidades do amor fraterno,
diante dos nossos compromissos com o Tempo.

Projetam-se anualmente, sobre a Terra
os mesmos raios excelsos da Estrela de Belém,
clareando a estrada dos corações na esteira
dos dias incessantes, convocando-nos a alma,
em silêncio, à ascensão de todos os recursos
para o bem supremo.

A recordação do Mestre desperta novas vibrações
no sentimento da Cristandade.

Não mais o estábulo simples, nosso pr6prio espírito,
em cujo íntimo o Senhor deseja fazer mais luz...

Santas alegrias nos procuram a alma,
em todos os campos do idealismo evangélico

Natural o tom festivo das nossas manifestações
de confiança renovada, entretanto, não podemos olvidar
o trabalho renovador a que o Natal nos convida,
cada ano, não obstante o pessimismo cristalizado
de muitos companheiros, que desistiram temporariamente
da comunhão fraternal.

E o ensejo de novas relações, acordando raciocínios
enregelados com as notas harmoniosas do amor
que o Mestre nos legou.

E a oportunidade de curar as nossas próprias fraquezas
retificando atitudes menos felizes, ou de esquecer
as faltas alheias para conosco, restabelecendo os elos
da harmonia quebrada entre nós e os demais,
em obediência à lição da desculpa espontânea,
quantas vezes se fizerem necessárias.

É o passo definitivo para a descoberta de novas
sementeiras de serviço edificante, atrav6s da visita
aos irmãos mais sofredores do que n6s mesmos
e da aproximação com aqueles que se mostram inclinados
à cooperação no progresso, a fim de praticarmos,
mais intensivamente, o princípio do “amemo-nos uns aos outros”.

Conforme a nossa atitude espiritual ante o Natal,
assim aparece o Ano Novo à nossa vida.
O aniversário de Jesus precede o natalício do Tempo.
Com o Mestre, recebemos o Dia do Amor e da Concórdia.
Com o tempo, encontramos o Dia da Fraternidade Universal.
O primeiro renova a alegria.
O segundo reforma a responsabilidade.

Comecemos oferecendo a Ele cinco minutos de pensamento
e atividade e, a breve espaço, nosso espírito se achará
convertido em altar vivo de sua infinita boa vontade
para com as criaturas, nas bases da Sabedoria e do Amor.

Não nos esqueçamos. Se Jesus não nascer e crescer,
na manjedoura de nossa alma, em vão os Anos Novos
se abrirão iluminados para nós.


Emmanuel/Chico Xavier
de Fonte de Paz

FELIZ NATAL

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