24 de ago. de 2009

Na Trilha da Felicidade




Falas comumente da felicidade, qual se te referisses
à deidade remota, quando esse filão de alegria
se te localiza ante os pés.

Felicidade, porém, não é conquista fácil,
prodígio de herança, episódio social
ou bafejo da fortuna.

Somos convidados pela vida a criá-la em nós
e por nós, como sucede com todas as nossas
aquisições humanas.


Plantas o milharal e o milharal
te responde ao carinho com o tesouro
da colheita.

Instalas a usina, junto de forças determinadas
da natureza, e essas forças da natureza
te retribuem com vigorosos reservatórios de força.

No mesmo sentido, a felicidade atira as próprias
sementes no caminho de todos, especialmente entre aqueles
que jazem atormentados por desenganos e lágrimas e,
a breve tempo, ei-la que te oferta messes valiosas
de esperança e ventura, tranqüilidade e cooperação.


Aqui, o próximo em penúria te solicita
singela fatia de reconforto;
ali, se te pede ligeiro auxílio a favor
de mães e crianças desamparadas;
além, irmãos enfermos em desvalia esperam de ti
alguns minutos de atenção e bondade,
categorizados por eles à conta de apoio celeste;
adiante, as vítimas das inquisições sociais
esmolam-te simpatia e compreensão num olhar de ternura;
mais adiante, os caídos em viciação e delinqüência
suplicam-te apenas uma palavra de encorajamento
e de paz que lhes dulcifique o coração; e,
por toda a parte, amigos e adversários, muitas vezes,
aguardam de ti uma frase só de entendimento
e generosidade, fé e bênção, que os auxilie a caminhar.

Descerra a própria alma à influência do Cristo
que jamais se negou a criar o bem nos outros
e para os outros e, um dia, escutarás de espírito jubiloso,
ao te despedires dos nossos irmãos da Terra:
“Bendito sejas, coração amigo!

O mundo ficou melhor e mais feliz porque viveste.”

Emmanuel/Chico Xavier
de Mãos Unidas

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