21 de jun. de 2009
Pelas Mãos do Tempo
-Emmanuel-
O ciclo anual no infinito do tempo e,
de algum modo, semelhante à existência
no infinito da vida.
Na primavera temos a infância e a juventude,
coloridas de suaves promessas.
No verão, encontramos a plenitude orgânica,
repleta de energia.
No outono, vemos a madureza,
tocada de experiência.
No inverno, sentimos a presença
da noite fria e obscura,
precedendo a alvorada nova.
Se te empenhas no aproveitamento
do corpo terrestre como instrumento
necessário à formação do futuro,
reflete na bênção do dia e
vale-te dela na própria renovação.
Para esse fim, não te despreocupes da mente,
para que a criação, o trabalhoe a vigilância
te inspirem a caminhada na construção do porvir,
que desejas entretecido de paz e luz.
Assume com a própria consciência,
o compromisso da redenção de ti mesmo e resgata-o,
com o respeito dentro do qual sabes solver no mundo
a promissória bancária que te desafia
a responsabilidade e envolve o nome.
Lembra-te das horas que escoam implacáveis
e afeiçoa-te ao cumprimento do dever como sendo
o culto da própria felicidade.
Observa o microcosmo em que a Lei Divina
te situa temporariamente, no aprendizado
salvador...
A família consangüínea, a casa de trabalho,
a autoridade humana a que te subordinas;
o templo de tua fé, o grupo dos amigos
e dos desafetos e o caminho das obrigações inelutáveis,
a se revelarem de hora a hora...
Repara o tesouro das oportunidades de serviço
e faze dele abençoada escola de preparação espiritual,
ante a imortalidade que te espera...
Exercita a bondade e enriquece-te de
conhecimentos superiores; auxiliando aos que
te rodeiam em cada instante de hoje que te foge
ao olhar, e, da estação em que estiveres,
partirás, pelas mãos do tempo, em demanda
da sabedoria e do amor que te aguardam o coração,
no Grande Amanhã, ao esplendor do Sol
Inextinguível.
Emmanuel/Chico Xavier
do Livro Taça de Luz
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