13 de mai. de 2009

Renovação



-Emmanuel-

Em nosso renascimento na Terra, entrelaçamo-nos,
como é justo, sob a influência de quantos
se acumpliciaram conosco na criminalidade ou na sombra,
quase sempre erguidos à posição de inexoráveis credores
de nossa vida, exigindo-nos pagamento ou reparação.


E, como enxameiam em nosso pretérito próximo
ou remoto gravames deploráveis e contas obscuras
que nos compete apagar ou ressarcir, na maioria
das circunstâncias, a atuação dessa natureza
é deprimente e perturbadora, muitaS vezes
constrangendo-nos a incidir nos mesmos erros
que nos tisnam as consciências e nos dilaceram os corações.

É por isso que, durante a viagem na esfera física,
somos habitualmente assaltados por aflitivas surpresas
do plano oculto, em qualquer idade e em toda situação.


Há quem se veja enrodilhado nas suas malhas
esfogueantes, em plena juventude corpórea,
quem lhe conheça o sabor amargo no matrimônio,
quem lhe experimente o impacto de angústia
nas mais nobres tarefas do lar,
quem lhe sinta a presença na esfera da profissão
e quem lhe receba a nuvem desnorteante
na hora da madureza ou da senectude,
em dolorosas inquietações.

Para todos os problemas desse jaez, entretanto,
é preciso reconhecer que só o bem puro
e espontâneo é remédio justo e eficaz.

Somos, em verdade, seguidos pela influência
que aliciamos, como quem apenas recolhe
da gleba plantada aquilo que semeou.

E, assim como apenas a lances de suor
e trabalho digno, preservamos a lavoura
de nosso compromisso contra a hera que lhe sufoca
os rebentos ou contra os vermes que lhe devoram as flores,
somente ao preço de perdão e renúncia, amor e desinteresse,
por vezes com o sacrifício de nossa própria felicidade,
é que operaremos em nossos associados da sombra de ontem
a necessária renovação, para que a liberdade nos favoreça
na reconquista da luz.


Emmanuel/Chico Xavier
de Trilha de Luz

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