16 de abr. de 2009

Entre o Amor e a Guerra



Em que pese a dedicação e o amor de Deus e dos Espíritos luminares voltados com abnegação às tarefas sacrificiais em favor do progresso espiritual da humanidade, não se tem conseguido evitar a consumação da tragédia e da dor, nas manifestações das necessidades humanas a expandir-se através das suas experiências na conquista árdua dos valores morais e reais da vida.

Há séculos o Senhor vem derramando bençãos e revelações consoladoras buscando orientar e educar os homens para conduzi-los à felicidade e à paz.

Entretanto, nos entrechoques do egoísmo e da ambição, do orgulho e da vaidade, vêm eles se degladiando mutuamente. Guerras, lutas, crimes sociais, políticos, a estabelecerem toda sorte de conseqüências reparadoras e diligentes na reconquista do equilíbrio.

Abençoada dor que acorda a criatura!

Abençoada luta que cria condições de reajuste e de progresso!

Ideal sublime que nos faz pensar em um mundo sem dor nem guerra, onde todos seajudem e se amem!

Onde o respeito e a amizade, a dedicação e o amor estabeleçam padrões de igualdade de direitos, e todas as classes sociais possam conviver sem degladiarem-se, com prejuízos recíprocos. Onde todos se estimem e as fronteiras entre as raças e países sejam abertas, sem armas ou barreiras.

Onde a política seja utilizada visando o bem de todos no sagrado ministério do progresso!

Utopia!..., dirão muitos. Parece-me ver o sorriso descrente da maioria, mas, eu respondo: meta obrigatória do futuro. Destino para o qual fomos criados. Evolução!

Entretanto, nada parece mais distante do panorama atual da Terra do que essa conquista.

O mundo conturbado geme envolto em crises e guerras, protestos e terror, cataclismas e sofrimentos.

A moral, parece ter desaparecido e o materialismo ganha novos surtos estabelecendo conflito, ovacionando o vício.

Todavia, a obra de redenção prossegue inexorável. As leis da Justiça Divina, imutáveis dão a cada um segundo suas obras e o tempo, amigo constante, encarrega-se de restaurar a verdade na intimidade do ser.

A humanidade encontra-se dividida em dois grandes grupos:

os que sabem e os que ignoram.

Os que já entenderam e os que estão cegos.

Nós desejamos cerrar fileiras com aqueles que acreditam no futuro do espírito, no progresso da humanidade terrena e trabalham para apressá-lo, na certeza de que Deus nos faculta a alegria de colaborarmos em sua obra, muito embora estejamos conscientes da nossa inferioridade e dos nossos débitos perante as Leis Divinas.

E, justamente por termos tantas vezes sido soldados da violência, nos decidimos a batalhar pela paz.

Assim, nós, Espíritos desejosos de fazer o bem, nos reunimos em torno de instrutores abnegados e nos dispuzemos ao trabalho, Dada um dentro do campo de atividades que nos compete.

Desta forma, atendendo aos dispositivos do nosso trabalho, nos reunimos em assembléia no plano espiritual. Nossa arma, o amor; nosso objetivo,o esclarecimento; nosso desejo, a conquista da paz e da libertação do homem.


Que Jesus nos abençoe,
Lucius
São Paulo, 30 de março de 1974.




pelo espírito de Lucius
Psicografia Zibia Gasparetto
do Livro Entre o Amor e a Guerra

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