4 de abr. de 2009

A Candeia





A candeia luminosa, acima do velador,
não é somente um problema de verbalismo doutrinário.

Claro que as nossas convicções públicas revelam
pensamento aberto e coração arejado,
na sincera demonstração de nossas concepções
mais intimas.

O ensinamento do Cristo, porém, lançou raízes
mais profundas no solo do nosso entendimento.

A lâmpada acesa da lição divina é, antes de tudo,
o símbolo de nossa atitude positiva, nos variados ângulos
da existência.
O discípulo do Evangelho é convidado a afirmar -se,
no mundo, a cada instante.

Se foste ofendido, não conserves a luz do perdão
nas dobras obscuras dos melindres enfermiços.

Se encontraste a dificuldade, não escondas a coragem
nos resvaladouros da fuga.

Se foste surpreendido pela provação, não enterres o talento
da fé no deserto do desânimo.

Se foste tocado pela dor, não arremesses a esperança
ao despenhadeiro da indiferença.

Se sofres perseguição e calúnia, não arrojes a oração
no precipício do desespero.

Se a luta te impôs a marcha entre espinheiros,
oferecendo-te fel e vinagre, não ocultes
o teu valor espiritual, sob os detritos
da inconformação ou do desalento.

Faze a tua viagem na Terra, em companhia do Amigo Celestial,
de coração elevado à Vontade Divina, de cabeça erguida
na fidelidade à religião do dever bem cumprido,
de consciência edificada no bem invariável e de
braços ativos e diligentes na plantação das boas obras.

Não disfarces os teus conhecimentos de ordem superior
e aprende a usá-los, em benefício dos semelhantes
e em favor de ti mesmo, porque assim, ainda mesmo
que o sacrifício supremo na cruz se te faça prêmio
entre os homens, adquirirás na Vida Maior a felicidade
de haver buscado a luz da própria sublimação.

Emmanuel/Chico Xavier
do Livro Nascer e Renascer

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